Ciúme

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I A lua soberana e engalanada, Alabastrina a se mirar no lago, A mata reverente e calma, afaga A suave brisa a suspirar consigo. II Eu insone em vigília, do meu quarto Via no céu seu brilho fulgurante. Num relance contemplo com recato, O ciúme da sideral amante. III É que o Sol já quase ao romper da aurora, Flertava com a linda Estrela D´Álva. ─ Seria reatando o amor de outrora? Sendo ou não, a vésper bem mais brilhava! IV A lua esquivando-se anelante, Afoita e pálida buscava o ocaso. Qual rainha despojada, ofegante, Entre as nuvens se esconde do descaso. V A alva ao pressentir ser uma aventura, Também na espessa bruma se escondeu. E ambas no exílio da amargura, Não sabem que o Sol se arrependeu. VI Consciente de seu ato reprovável, Também se abateu. À noite exilado, Desde então, à uma distância infindável, No zênite se oculta amargurado. “Solar Gabriella Mendonça” 22 de Abril de 1998.

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Acad. Wilson Baêta de Assis

I
A lua soberana e engalanada,
Alabastrina a se mirar no lago,
A mata reverente e calma, afaga
A suave brisa a suspirar consigo.

II
Eu insone em vigília, do meu quarto
Via no céu seu brilho fulgurante.
Num relance contemplo com recato,
O ciúme da sideral amante.

III
É que o Sol já quase ao romper da aurora,
Flertava com a linda Estrela D’álva.
─ Seria reatando o amor de outrora?
Sendo ou não, a vésper bem mais brilhava!

IV
A lua esquivando-se anelante,
Afoita e pálida buscava o ocaso.
Qual rainha despojada, ofegante,
Entre as nuvens se esconde do descaso.

V
A alva ao pressentir ser uma aventura,
Também na espessa bruma se escondeu.
E ambas no exílio da amargura,
Não sabem que o Sol se arrependeu.

VI
Consciente de seu ato reprovável,
Também se abateu. À noite exilado,
Desde então, à uma distância infindável,
No zênite se oculta amargurado.

“Solar Gabriella Mendonça” 22 de Abril de 1998.

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