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Acad. Wilson Baêta de Assis
I A lua soberana e engalanada, Alabastrina a se mirar no lago, A mata reverente e calma, afaga A suave brisa a suspirar consigo.
II Eu insone em vigília, do meu quarto Via no céu seu brilho fulgurante. Num relance contemplo com recato, O ciúme da sideral amante.
III É que o Sol já quase ao romper da aurora, Flertava com a linda Estrela D’álva. ─ Seria reatando o amor de outrora? Sendo ou não, a vésper bem mais brilhava!
IV A lua esquivando-se anelante, Afoita e pálida buscava o ocaso. Qual rainha despojada, ofegante, Entre as nuvens se esconde do descaso.
V A alva ao pressentir ser uma aventura, Também na espessa bruma se escondeu. E ambas no exílio da amargura, Não sabem que o Sol se arrependeu.
VI Consciente de seu ato reprovável, Também se abateu. À noite exilado, Desde então, à uma distância infindável, No zênite se oculta amargurado.
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