Panis & Litteræ: A homenagem de uma professora padeira à ACLCL
A professora de geografia da Rede Estadual, Adriana Barbosa de Carvalho Villela, encontrou no pão uma maneira de unir arte, educação e conscientização. Há cerca de três anos, em suas horas vagas, abraçou o ofício de padeira, e esta paixão pela produção é antiga. Para Adriana, ser professora é uma escolha, enquanto ser padeira é uma vocação movida pelo amor.
Nascida em Ressaquinha-MG, ela recorda com carinho os pães caseiros que costumava fazer com sua família. Essa conexão com a vida rural é algo que ela valoriza profundamente, mesmo ao inserir sofisticação em sua produção.
As “fornadinhas” temáticas são uma parte essencial de sua rotina semanal, uma prática que se alinha com sua missão educacional. Adriana sempre procura incorporar um toque de ensino, cultura e comemoração a esses pães. “Tudo deve ter uma rima, uma busca”, enfatiza. Ela planeja cuidadosamente como incluir conhecimento e cultura às celebrações das datas comemorativas, acreditando que isso é uma forma de educar e trazer alegria às pessoas.
A produção temática dos alimentos começa até mesmo na escolha dos ingredientes. Adriana busca inspiração em canções que se relacionam com os ingredientes e transforma sua casa, enquanto os pães assam no forno, em um espaço cultural multifacetado.
Seu ofício de padeira foi aprimorado por meio de diversos cursos realizados em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Ela destaca com gratidão as lições que recebeu de Beto, um dentista bucomaxilofacial que se tornou padeiro durante a pandemia e agora promove a fabricação de pães caseiros nas redes sociais como @beto_pao_puro.
Adriana valoriza a utilização dos ingredientes mais naturais possíveis, incluindo farinhas orgânicas certificadas e matérias-primas de pequenos produtores, evitando produtos com agrotóxicos e venenos. Sua dedicação em apoiar pequenos produtores é notável.
Para comemorar o 30º aniversário da Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafayette (ACLCL), a padeira e professora preparou uma fornada especial em homenagem à instituição. Batizada de “Panis & litteræ” (pão e literatura), a escolha da língua latina reflete a valorização das raízes da língua portuguesa e, por consequência, da história consolidada ao longo dos anos pela ACLCL. Em suas deliciosas produções irá divulgar a história da Casa de Cultura, Saber e fomento à Literatura de nossa cidade.
E para encerrar, Adriana destaca que o pão não é um vilão. Ela ressalta que a linha artesanal é a melhor em termos de saúde, pois possui baixo índice glicêmico e alta digestibilidade. Adriana frisa que todos os pães não são iguais e que é importante apreciar a qualidade dos artesanais em sua busca por uma alimentação saudável.
Adriana Barbosa
Instagram (https://www.instagram.com/adriibarboosa)
WhatsApp (http://wa.me/+5531988025911)
Share this content:
Norberto Sobrinho
Eu digo que fermentar é uma das aptidões humanas , alguns de nós passamos a vida toda de dedicação a outras profissões, mas em nosso dna grita essa vontade, foi o meu caso e com certeza o da amiga Adriana também, o verdadeiro padeiro tem essa arte e ofício no sangue, Parabéns minha colega de revolução Pão!!!
1 comentário