ACLCL lamenta morte da Acad. Nathércia Mendes

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A Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafayette comunica, com pesar, o falecimento da Acadêmica efetiva-fundadora Nathércia Mendes Forel Muniz ocorrido ontem, dia 19, em Belo Horizonte.

Nathércia Mendes nasceu em 30 de março de 1933 em Conselheiro Lafaiete. Filha de José Mendes e Eponima Barbosa Mendes. Era viúva do Sr. Francisco de Paula Forel Muniz, falecido em 2018. Ex-aluna do Colégio Nossa Senhora do Nazaré após sua formatura em 1947 ingressou na Escola Técnica de Comércio tendo concluída a formação em 1950. Foi funcionária da Companhia Siderúrgica Nacional – mineração de Casa de Pedra. Nas letras foi vastamente reconhecida com premiações em diversos concursos literários.

Nesse momento de dor para a Família Forel Muniz nosso sodalício manifesta seu voto de condolência e roga a Deus que sustente a família neste momento.

Conselheiro Lafaiete, 20 de setembro de 2022

Acad. Moises Mota
Presidente da ACLCL


Acróstico em homenagem ao Colégio Nazaré

Nos umbrais desta Casa confiantes chegamos
A procura de um só ideal – o saber;
Zelosas e altivas com ela empunhamos
A bandeira da fé pra lutar e vencer.
Repetindo o seu lema, hoje e sempre vibramos:
É “Ciência e Virtude” sua glória e dever!

publicado no livro Reminiscências do Nazaré, 1996

Minha Gente

Sou gente mineira em montanhas gerada,
nascida entre os berços mais tradicionais;
pisando ouro e ferro, ao ombro a enxada,
vou rumo às fazendas plantar cafezais.

Herdeira da lavra em garimpos distantes,
trazendo no olhar esmeralda e cristais,
sou aquele poeta que os versos brilhantes,
se fundem sem jaça aos brilhantes reais.

Eterna é a paixão pelo herói Tiradentes
que ousou liberdade e plantou as sementes
(regadas com sangue não morrem jamais).

De braços abertos, alegre é tristonha,
altiva e humilde, trabalha, mas, sonha
– sou gente mineira de Minas Gerais!

publicado no jornal Hoje em dia

Balada do Tempo

Há um que de magia em cada tarde
no lusco-fusco do dia que termina:
fagulhas do astro-rei que ainda arde,
lampejos de um luar que já ilumina.

Mas, a vida que se extingue é diferente
no atropelo de emoções desencontradas:
não há mais fogo naquilo que se sente,
só restam cinzas das glórias já passadas.

Madrugada, alvorecer, pleno meio-dia,
entardecer, luz estelar, noite vazia,
no ontem o amanhã já estava escrito.

Infância, adolescência, juventude,
maturidade, velhice, decrepitude,
a nossa vida é um dia apenas no infinito!

poesia premiada no Concurso Elos Clube de Belo Horizonte em 1992

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1 comentário

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Carlos Reinaldo de Souza

Nathércia Mendes foi escritora e poetisa de escol. Seus poemas são cadenciados e cheios de vigor simbólico, com grande carga de humanismo e expressividade metafórica. Era exímia pianista, com grande sensibilidade artística, o que a tornava uma intelectual polivalente e primorosa. Venceu diversos concursos literários, sendo a modéstia uma qualidade ímpar de seu caráter. Sua morte significa uma perda irreparável para a Cultura de nossa Cidade e Região. Que sua alma descanse na Paz do Senhor! Votos de sincero e profundo pesar às famílias Mendes e Forel Muniz.

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